A ANAC aprovou que o Boeing 737-MAX volte a operar no País, afirmou a agência de aviação civil brasileira no dia 25 de novembro. O avião estava proibido de voar há 20 meses, após ter sua operação suspensa em todo o mundo devido a um problema de software que causou dois acidentes fatais.
As autoridades aéreas dos Estados Unidos já haviam autorizado o retorno das operações do avião na semana passada .A diretriz da FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA), que se disse satisfeita com as diversas correções de projeto e de procedimentos de treinamento que a Boeing aplicou ao modelo – o mais vendido em termos de encomendas de sua história – foi adotada pela Anac.
Dentre as exigências de adequação do projeto estão a configuração do sistema de controle de voo, correção do roteamento do conjunto de cabos, revisões de procedimentos incorporados ao manual de voo e testes de recalibração dos sensores. Também houve a revisão do programa de treinamento dos pilotos.”
A Boeing trabalhou em estreita colaboração com a FAA e a Anac para atender às suas expectativas de retomar as operações do 737 MAX com segurança no Brasil”, disse David Calhoun, o presidente da Boeing. A agência brasileira foi a segunda a liberar o uso do avião.
Atualmente, apenas a Gol opera a aeronave no país. Os modelos são o Boeing 737 MAX 8, renomeado para 737-8. A Gol afirmou que está implementando as medidas necessárias para que o modelo volte a voar. Os aviões estão no aeroporto de Confins, em Minas Gerais.
A Gol realizou seu primeiro voo técnico com o Boeing 737 MAX 8 no dia 26 de novembro. Segundo informa a empresa em nota, ela foi a primeira companhia aérea que decolou a aeronave no mundo com todos os requisitos de atualização incorporados, após a revogação da suspensão pela FAA e pela ANAC. “O voo operacional contou com representantes da Anac e da Boeing a bordo, e foi comandado por pilotos da Gol recentemente treinados nos Estados Unidos”, explicou a empresa.
A empresa reforçou que o retorno do Boeing 737 MAX à operação ocorrerá de forma progressiva ao longo das próximas semanas.
Fonte: Jornal do Comércio